Por Jorge Paulino
Engenheiro Eletricista
Para alguns autores, o termo Engenharia Reversa (ER), teve a sua origem na análise de hardwares, avançando depois no desenvolvimento de softwares; mas segundo a Wikipédia, a Engenharia Reversa, é “o uso da criatividade para, a partir de uma solução pronta, retirar todos os possíveis conceitos novos ali empregados”.
A melhor definição dada por alguns autores para a Engenharia Reversa (ER) é:
“ Um processo de análise em um sistema existente, para a reprodução ou aperfeiçoamento de produtos, sistemas integrados ou processos”.
Originada na “área de conhecimento” da informática, a ER foi adaptada para as outras “áreas de conhecimentos”, e é usada em larga escala em Planejamento Estratégico, com eficácia na gestão estratégica de custos.
O processo inicial desse conceito começou na fabricação por meio da reprodução das cópias de produtos originais.
O seu desenvolvimento deu-se principalmente na análise dos equipamentos e armas utilizadas durante a Segunda Guerra Mundial, pelos japoneses.
Após a guerra, a utilização dessa engenharia foi primordial na recuperação do Japão pós-guerra, e utilizado mais tarde por países integrantes do bloco denominado Tigres Asiáticos no desenvolvimento de produtos de origem Européia e Norte Americana.
No Japão, inicialmente, foram desenvolvidos processos de reconstrução de produtos como “cópias fiéis - piratas”, a partir de modelos previamente estudados, principalmente os eletro-eletrônicos e na indústria automobilística.
Essa prática trouxe um expressivo potencial de retorno econômico, pela não necessidade de investimentos em pesquisas, análise de cálculos probabilísticos e estudos decorrentes de implementação.
Por se tratar em muitos casos de um processo não ético, de cópias fiéis de produtos desenvolvidos anteriormente, nos últimos 30 ou 40 anos, houve um aumento no número de produtos e processos copiados.
Atualmente, utilizam-se Modelos Computacionais para simulação através de softwares específicos que permitem a geração de cenários, a partir dos quais se pode: orientar o processo de tomada de decisão, proceder a análises e avaliações de produtos e sistemas e propor soluções para a melhoria de performance nas diversas áreas do conhecimento humano.
A adoção da técnica de simulação tem trazido benefícios como a previsão de resultados na execução de uma determinada ação, a redução de riscos nas tomadas de decisão, a identificação de problemas antes mesmo de suas ocorrências.
O uso da simulação elimina procedimentos em arranjos industriais que não agregam valor a produção, na realização de análises de sensibilidade, na redução de custos com o emprego de recursos (mão-de-obra, energia, água e estrutura física) e na revelação da integridade e viabilidade de um determinado projeto em termos técnicos e econômicos.
Hoje, a Engenharia Reversa é vista de forma mais positiva, sendo o seu uso quase universal pelas possibilidades de tornar as empresas muito mais competitivas e pela possibilidade da simplificação e agilização de muitos procedimentos no desenvolvimento dos produtos e é usada também em outras áreas bens distinta como na arte, na educação e na medicina.
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