Por Prof. Paulo Sérgio C. Lino
Disponível em http://fatosmatematicos.blogspot.com/
A Engenharia no dia a dia conta agora com o apoio do Professor Universitário Paulo Sérgio C. Lino, articulador do Blog Fatos Matemáticos, que tem como objetivo divulgar a Matemática em todos os seus níveis, buscando deste modo melhorar a Educação do país.
A Matemática sempre foi considerada pelos estudantes como uma das disciplinas com maior grau de dificuldade de entendimento, e no Blog Fatos Matemáticos, o Prof. Paulo Sérgio tem a preocupação de buscar quais as formas que a matemática deve ser assimilada e transmitida.
Seja uma função definida numa região do espaço tridimensional. Por exemplo, a temperatura de uma sala pode ser representada pela função ou , onde é o vetor posição.
Seja um ponto dessa região. Com que taxa, varia quando partimos de numa direção específica?
Observe que nas direções dos eixos , e sabemos que as taxas de variação de são dadas pelas derivadas parciais
Mas como calcular a taxa de variação de se partimos de numa direção que não é a de nenhum eixo coordenado? Se partimos de , quais as direções em que teremos a máxima e a mínima taxa de variação de ? A procura das respostas para estas perguntas nos leva aos conceitos de derivada direcional e gradiente de uma função. Veremos inicialmente a derivada direcional de funções de duas variáveis.
Para isso, sejam a função , diferenciável numa região e o ponto . Além disso, considere no plano uma direção orientada dada pelo vetor unitário . Tomemos o ponto , próximo de tal que o vetor tenha a mesma direção e sentido do vetor . Deste modo, é o vetor unitário do vetor conforme a figura abaixo.
O acréscimo da função , quando passamos de para , é
onde e quando . Dividindo por , temos
Do triângulo retângulo ,
Substituindo estes valores em , segue que
Assim,
Exemplo 1: Determine a derivada direcional de no ponto na direção do vetor .
Exercício: Determine a derivada direcional de no ponto na direção de com o eixo .
No próximo post, veremos a derivada direcional de funções de três variáveis. Mas para isto, precisamos dos conceitos de ângulos e cossenos diretores.
Seja o vetor não-nulo, conforme a figura abaixo:
Definição 1: Chama-se ângulos diretores de , os ângulos , e que o vetor forma com os vetores , e respectivamente.
Definição 2: Chama-se cossenos diretores de os cossenos dos ângulos , e .
Da definição de ângulos diretores, temos
Analogamente,
Uma propriedade interessante sobre os cossenos diretores de um vetor é dada pela proposição.
Proposição 1: Se , e são os ângulos diretores do vetor , então
Demonstração: De fato,
Exemplo 2: Se ,e são os ângulos diretores de um vetor, determine .
Resolução: Segue da Prop. 1 que
donde segue que .
Exemplo 3: Calcule os cossenos diretores do vetor .
Resolução: Sendo
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Obrigado pela divulgação do post. Fica a sugestão de apresentar também a parte 2 que se encontra neste link
ResponderExcluirhttp://fatosmatematicos.blogspot.com/2010/10/derivadas-direcionais-e-o-gradiente-de.html
Sim, em breve estaremos com a segunda parte do artigo.
ResponderExcluirAbç
Jorge,
ResponderExcluirÉ com muita alegria que passo por aqui para agradecer-lhe pela cumplicidade permitida, ao acompanhar o Caminhar & Ruminar, que ontem completou o seu primeiro ano de vida. Obrigado!
A festa é você, a sua presença e amizade que empresta sem reservas! Tenha certeza, significa muito!
Receba o meu fraternal abraço!