Foto disponível em: http://www.jornaldacidadeonline.com.br/leitura_artigo.aspx?CodArtigo=3287
Por Leonam Souza
Engenheiro Agrônomo
Disponível em: http://leonamsouza.blogspot.com/
A poluição das águas e a
destruição e ocupação das áreas marginais de preservação dos rios na Região
Metropolitana de São Paulo - RMSP podem ser considerados como inconvenientes
passivos ambientais. Neste caso estão as áreas de construções irregulares que
formam o Jardim Pantanal, nas várzeas do Tietê.
Em novembro de 2004 no estado
de São Paulo existiam 1.336 locais que apresentavam níveis inaceitáveis de
contaminação do solo e águas subterrâneas e que necessitavam de remediação para
permitir a volta desses recursos a uma condição de uso seguro.
É possível que a origem das
áreas contaminadas em toda região de São Paulo, possa estar relacionada ao
desconhecimento, em épocas passadas, de procedimentos seguros para o manejo de
substâncias perigosas. Em maio de 2002, a Companhia de Tecnologia de Saneamento
Ambiental - CETESB divulgou pela primeira vez a lista de áreas contaminadas,
registrando a existência de 255 áreas em São Paulo.
O levantamento é
freqüentemente atualizado e em novembro de 2009, foram totalizados nada menos
que 2.904 registros no Cadastro de Áreas Contaminadas no Estado de São Paulo,
sendo 528 só na RMSP.
Por outro lado, a desativação
de indústrias e o abandono de áreas potencialmente contaminadas criam passivos
ambientais e dentro da RMSP, o município de São Bernardo do Campo, destaca-se
pela grande industrialização observada até o final da década de 1980 e pela
desindustrialização que gerou uma significativa quantidade desses passivos.
Pneus inservíveis abandonados em qualquer local representam áreas de riscos
para a população, servindo de locais para desenvolvimento de vetores de doenças
como a dengue, além de liberar substância oleosa que polui o solo e o lençol
freático.
Nas ruas de São Paulo cada
vez mais entulhos são gerados pelas construções, demolições e reformas e isso
se agrava na periferia, onde empresas clandestinas, caçambas e carroceiros
despejam todo esse material em terrenos baldios, na margem dos rios e outros
locais de pouca circulação.
Também existem passivos
ambientais que estão sob monitoramento como é o caso do depósito de material
radioativo das Indústrias Nucleares do Brasil - INB, uma empresa vinculada à
Comissão Nacional de Energia Nuclear - CNEM, e subordinada ao Ministério da Ciência
e Tecnologia, mas isso não impede que as áreas contíguas ao depósito estejam
sendo utilizadas, fato que representa serio risco a população. Não podemos
deixar repetir os tristes acontecimentos de Goiânia onde o desleixo das
autoridades permitiu que uma cápsula de Césio-137 fosse acessada e aberta por
pessoas pobres, inocentes e desassistidas.
Artigo publicado na coluna
AMBIENTE EM TRANSE do Jornal da Cidade Online -
http://www.jornaldacidadeonline.com.br/leitura_artigo.aspx?art=3287
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