Por
Jorge Paulino
Engenheiro
Eletricista e de Produção
O desenvolvimento dos sistemas Elétricos de
Potência começou em 1885, quando George Westinghouse comprou as patentes
referentes aos sistemas de transmissão em CA, desenvolvidos por L. Gaulard e
J.D. Gibbs, de Paris.
As primeiras linhas de transmissão e motores eram
monofásicas e a energia era utilizada basicamente para iluminação. Em 1888,
Nicola Tesla apresentou um trabalho, descrevendo motores de indução e motores
síncronos bifásicos, as vantagens dos motores polifásicos tornaram-se evidentes
imediatamente, após esse evento, a transmissão de energia elétrica por corrente
alternada (CA), em especial a trifásica, substituiu os sistemas em corrente
contínua (CC).
Segundo Willian Stevenson em seu livro Elementos
de Análises de Sistemas de Potência, os sistemas elétricos eram inicialmente, eram operados como unidades
individuais porque começaram como sistemas isolados e se expandiram
gradualmente de modo a cobrir todas as regiões; a demanda de grandes
quantidades de potencia e a necessidade de maior confiabilidade conduziu a
interligação de sistemas vizinhos. A interligação tornou-se economicamente
vantajosa, menos máquinas como reserva ou para operação em picos de carga, e em
vazio para atender demandas repentinas.
A interligação provoca um aumento da corrente que
circula, quando ocorre um curto circuito no sistema e requer a instalação de
disjuntores de maior capacidade; o distúrbio causado no sistema por um curto
circuito pode se estender para sistemas a ele interligados, a menos que os
pontos de interconexão estejam equipados com relés e disjuntores apropriados;
os sistemas deverão não só estar na mesma freqüência, como também em fase.
Um sistema de Potência consiste em três divisões
principais: as centrais geradoras, as linhas de transmissão e os sistemas de
distribuição; enfim compõe-se de um emaranhado de usinas, linhas e subestações,
visando dar aos consumidores confiabilidade e versatilidade de operação à
empresa ou empresas que o operam.
O objetivo maior da proteção de
sistemas é minimizar todo e qualquer tipo de falta, isolando o trecho onde esta
ocorreu e delimitando-o a uma área tão pequena quanto possível, de modo que o
efeito causado por essa falta não se propague pelo restante do sistema,
mantendo, com isso, sua continuidade em serviço e mantendo-o estável, isto é,
sem grandes perturbações.
Uma proteção bem elaborada pode fazer com que o
sistema seja atingido o mínimo possível quando da ocorrência de faltas ou
anomalias significativas, desde que estejam previstos fatores de limitação da
corrente de falta entre as fases a um valor compatível com a salvaguarda do
material utilizado na constituição dos condutores das fases, e evitar que, em
caso de acidente, haja transferência de carga sobre as linhas ou instalações
que permaneçam em serviço por ocasião da falta.
Desta forma, o estudo de proteção leva em conta os
fatores elétricos, econômicos, físicos de infra-estruturas - resumindo, os
sistemas de proteção podem ser definidos como sistemas aos quais estão associados
todos os dispositivos necessários para detectar, localizar e comandar a
eliminação de um curto-circuito ou uma condição anormal de operação de um
sistema elétrico, diminuindo os danos aos equipamentos defeituosos, com
conseqüente redução do tempo de indisponibilidade e menor custo de reparo.
A eficácia de um esquema de proteção é tanto maior
quanto melhor forem atendidos os seguintes princípios básicos:
·
Velocidade
- capacidade de a proteção atuar no tempo pré-estabelecido, atendendo às
características especificas do sistema;
·
Seletividade
e coordenação - a proteção deve ter a capacidade de restringir a área de
interrupção ao mínimo necessário para isolar completamente o elemento
defeituoso, ou seja, um curto-circuito em um ponto do sistema não deve afetar
outras partes;
·
Segurança
- a pronta atuação dos esquemas de proteção diminui os efeitos destrutivos dos
curtos-circuitos, aumentando a segurança pessoal.
·
Sensibilidade
- capacidade de a proteção atuar em condições anormais do sistema para o qual
foi projetada;
·
Confiabilidade
- o esquema de proteção deve ter operação correia e precisa somente nas
condições para as quais foi projetado, não devendo atuar para quaisquer outras
condições.
Uma das
principais funções dos sistemas de proteção de geradores distribuídos e conectados
em redes de subtransmissão ou de distribuição de energia elétrica são
desconectá-los tão logo uma situação de falta seja detectada, avaliar as
respostas dos sistemas de proteção aos estados anormais do sistema, relatar em
esquemas especiais da proteção e esquemas corretivos das ações, sistemas de
monitoração e de controle, além de seu desempenho durante condições de sistema
nos estados anormais de fornecimento de energia elétrica. A alocação de
dispositivos de proteção em pontos estratégicos dos circuitos de distribuição
melhoram a qualidade de fornecimento de energia elétrica e os índices de
confiabilidade do sistema, aumentando o faturamento das concessionárias e
cumprindo as exigências estabelecidas pela ANEEL (Agência Nacional de Energia
Elétrica).
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Oi Jorge, desejo a ti, teus familiares e todos os visitantees do teu blog um Feliz Natal. Aproveito para informar que dia 02 de janeiro estreia Urbanascidades 2012, igual mas...diferente.
ResponderExcluirPaulo Bettanin.
Valeu Paulo, agradeço e retribuo e em 2012 continuaremos a nossa parceria; ponto fundamental para os nossos leitores e amigos!!!! Um 2012 de mais sucesso para Você e seu Urbanas Cidades !!!!!!
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