10 de outubro de 2010

Eleições, o caminho para o fortalecimento da Democracia


O leitor Wanderson Telles, encaminhou um e-mail muito interessante, em que ele se coloca como um descrente com a Política e a obrigatoriedade do voto e me perguntou o que eu acho desse Momento Político!
Bom Wanderson, não sou nenhum Analista ou Cientista Político, mas gosto de estar sempre atualizado com o momento político.
Agora, desde o fim dos governos militares e da livre organização partidária, assistimos um confuso alinhamento de idéias e ideais e torna-se importante uma reflexão dos momentos históricos da política brasileira.
Vamos começar com o governo do Presidente Sarney, que assumiu com a morte de Tancredo Neves; foi um período bastante conturbado, e tivemos a elaboração de vários Planos Econômicos para combater a inflação e estabilizar a nossa economia.
O primeiro foi o Plano Cruzado, a moeda deixou de ser cruzeiro foi substituído pelo cruzado, com corte de três zeros e todos os preços e salários congelados. Em seguida, tivemos o Plano Cruzado II e logo a seguir, o Plano Bresser que visava regularizar as contas públicas, isto é, as despesas do governo.
Já no final de 87, com a economia arrasada e por não conseguir manter a política de preços e de salários controlados, assumiu o ministério da Fazenda Maílson da Nóbrega com seu Plano Verão-criou o cruzado novo que deixou o país em um ambiente de recessão econômica ainda maior, uma grande especulação financeira e a ameaça de hiperinflação.
No dia 15 de março de 1990 assumi o governo o Presidente Collor, fabricado pela mídia como o caçador de “marajás”-funcionários públicos com altos salários e que só oneravam a administração pública.
A sua primeira medida, ao tomar posse, foi anunciar seu pacote econômico com: confisco em suas contas correntes e poupanças por um prazo de 18 meses; a volta do Cruzeiro como moeda, congelamento de preços e salários, demissão de funcionários e diminuição de vários órgãos públicos.
Collor também deu início às privatizações das estatais e à redução das tarifas alfandegárias e importação de produtos importados a preços menores.
O país viveu um período de incertezas político-administrativas, constantes denúncias de corrupção na administração e tráfico de influência envolvendo ministros, amigos pessoais.
O povo tomou conta das ruas, exigindo o impeachment de Collor-com as constantes demostrações de insatisfação popular e o surgimento dos Caras Pintadas- Collor renuncia para escapar dos processos.
No lugar de Collor, assumiu o vice-presidente Itamar Franco, o Brasil vivia um dos momentos mais difíceis de sua história: uma recessão prolongada, inflação aguda e crônica, alto nível de desemprego, situação de descrença geral nas instituições e baixa auto-estima do povo. No governo de Itamar Franco foi elaborado o mais bem-sucedido plano de controle inflacionário; criado pelo então Ministro da Fazenda, Fernando Henrique Cardoso, junto com renomados economistas da USP e da PUC.
O Plano Real, baseado numa tendência mundial do neo-liberalismo, criou uma unidade real de valor (URV) para todos os produtos, desvinculada da moeda vigente, o Cruzeiro Real, o Plano foi eficiente, proporcionou o aumento do poder de compra dos brasileiros e o controle efetivo da inflação, levando FHC a ser eleito Presidente do Brasil.
Durante o governo de Fernando Henrique Cardoso, algumas empresas estatais que precisariam de um grande aporte de verbas públicas, foram privatizadas e hoje são destaques na economia mundial - Embraer, as Empresas de Telefonia, Vale do Rio Doce e etc.
Em 1999, o mundo entra em um colapso financeiro com a quebra dos Países do Bloco Tigres Asiáticos, em seguida o Brasil sofre com um dos piores períodos de seca e com uma matriz energética baseada nas hidroelétricas temos o racionamento de energia.
Apesar da crise financeira Mundial, foram a implantados o gasoduto Brasil-Bolívia, Plano de Reforma do Estado, aprovação da entrada de empresas estrangeiras no Brasil, lei de responsabilidade fiscal (LRF) e os programas sociais como a Bolsa Escola, a Bolsa Alimentação e o Vale Gás.
O Governo Lula
No plano econômico, Lula deu continuidade as políticas anteriormente adotadas no governo FHC-medidas conservadoras na economia e ampliação dos programas sociais de forma mais assistencialista e popular .
Aproveitando quase uma década de crescimento econômico mundial, o Brasil também cresceu.
Em 2005, começou uma serie de escândalos políticos que pareciam colocar em risco a estabilidade governamental-o chamado “esquema do mensalão”, envolvia a compra de votos de deputados no Congresso Nacional.
O esquema abalou antigas bandeiras e perspectivas políticas daqueles que defendiam o governo Luis Inácio Lula da Silva, o poder mostrou a sua verdadeira face que não era tão límpida, várias denuncias vieram se juntar, como loteamento de cargos, desvios e corrupção dentro do Palácio do Planalto.
No exterior, nos eventos entre os grandes lideres de Estado, Lula destacava-se por sua articulação política e sua “defesa” dos países em desenvolvimento, a diplomacia tentou abrir portas para o país junto a grandes organismos internacionais como a ONU.
As polemicas e as verdades sobre o Pré Sal
Com a sanção da Lei nº 9.478, que regulamentou a legislação e promoveu leilões de áreas que permitiram a entrada no setor de empresas privadas, para exploração e produção tornou independente a ANP e assim uma das consequências foi a descoberta do pré-sal.
As áreas do pré-sal no leilão de 2000, foi adquirido pela Petrobrás/BG/Petrogal, o Campo de Tupi; portanto, não foi a atual direção da Petrobrás e muito menos o governo do PT, que descobriu o pré-sal, a autossuficiência, começou a se concretizar a partir do momento em que o governo brasileiro entendeu que não fazia nenhum sentido econômico deixar que uma empresa estatal assumisse o monopólio do risco de explorar petróleo.
O Brasil e o Futuro da democracia.
Chegou o momento em que precisamos definir o destino do nosso voto.
Nesse momento, os diversos partidos se aliam em blocos de interesses, sem reconhecer ou dar valor a importância dos ideais partidários.
Podemos citar o PT que durante anos detinha e se orgulhava da bandeira da um Moralidade, e que hoje virou vidraça face à quantidade de escândalos.
Assistimos hoje um aparelhamento do Estado, e uma máquina pública subserviente a esse interesse, vemos Empresas Públicas como fatia de um bolo político.
A confusão Partidária é tão grande que diferente dos outros países de sólida democracia, hoje votamos em nomes (candidatos) não em ideais (Partidos).
Atualmente, observamos que a descrença nas ideologias e nos partidos políticos, trazem uma convicção, a figura política dos partidos perdeu valor para o carisma do Candidato.
Pense bem, reflita e Boa eleição!!!!!!!!!!!

Um comentário:

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