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Por Leonardo Marioto
O que podemos fazer para
recrutarmos os ‘’possíveis’’ melhores talentos para dentro de nossas
organizações? E quando o recrutamento é feito, o que fazer com estas pessoas?
Como podemos usufruir de maneira eficiente e eficaz suas melhores competências?
O que fazer para mantermos estes talentos em nossas corporações? Estas
perguntas são passíveis de várias respostas, por isso, vou sintetizá-las de
forma simples e prática, com o direcionamento de pensamentos de vários autores
que li, dentre os quais, estão, principalmente, Idalberto Chiavenato, um dos
autores mais renomados da área de Gestão de Pessoas (Recursos Humanos), e o
nosso grande guru da administração, Peter Drucker.
Comecemos com uma frase que abre
nossas mentes para ‘’quem são esses talentos’’: ‘’não existe pessoa errada no
lugar certo, em termos de empresa e função, mas sim, a pessoa certa no lugar
errado’’. Então quem são esses talentos? Diante deste pensamento, dito por
vários estudiosos, todos nós possuímos talentos e competências, mas às vezes
por uma má administração, principalmente, no processo de recrutamento e
seleção, os recrutadores frequentemente maus preparados, selecionam pessoas com
competências divergentes para o cargo a ser ocupado, e por isso, o recrutado,
pode acabar sendo taxado como um mau funcionário, ou até mesmo, sem talentos a
serem explorados. Primeiramente em termos individuais, devemos nos conhecer
para poder escolher as melhores opções que vão de encontro com as nossas habilidades,
e mais uma vez, o autoconhecimento é indispensável. Arriscarmos em lugares
‘’obscuros’’, e que nunca estivemos antes, é uma das grandes maneiras, para
conhecermos nossas competências e técnicas individuais, e também, como um todo.
Seguindo a linha de Chiavenato, a
primeira fase para a obtenção destes talentos é a de recrutamento e seleção.
Saber quem recrutar é primordial para que esta gestão comece com uma grande
estimativa de sucesso para ambos. Como os recrutadores devem ser e agir para
que descubram as pessoas certas para os lugares certos? Eles devem possuir
algumas características essenciais para este tipo de função. Devem conhecer
profundamente o cargo e a função que o recrutado irá desempenhar. Sabendo-se
qual cargo a ser ocupado e quais tarefas a serem executadas, o entrevistador,
no caso de uma seleção feita por entrevista, saberá mais precisamente quais
características e habilidades estas pessoas devem ter, e principalmente, tentar
conseguir interpretar se há algum possível talento passível de desenvolvimento.
Portanto este processo de seleção de funcionários é de grande importância para
que os possíveis talentos sejam descobertos, e assim, torne os trabalhos de
treinamento e desenvolvimento mais produtivo.
Temos dentro de nosso contexto, o
recrutamento interno e recrutamento externo. O recrutamento interno é uma
enorme fonte de motivação para os que participam ativamente das organizações,
como planejamento de carreiras entre outras coisas. Os líderes devem ser
observadores eficazes, e devem estar atentos com os possíveis talentos
individuais de cada um, para que assim, possam remanejá-los para o lugar certo.
Diante do recrutamento externo, os entrevistadores devem ser bastante focados
com o negócio da empresa, e saber diretamente o que o cargo exige de cada
futuro funcionário. Tendo estas visões, como já disse, eles saberão colocar as
pessoas certas nos lugares em que devem ocupar.
Feito a seleção de talentos, o
que podemos fazer afinal com eles? Como fazer para que as habilidades
individuais de cada um sobressaia efetivamente nos lugares em que estão a
trabalhar? Devemos ter em mente que o órgão de Gestão de Pessoas tem uma função
extremamente crucial nesta etapa. Não só este órgão, mas como todos os líderes
enquadrados no contexto. Eles devem oferecer treinamento e desenvolvimento
adequado para cada equipe de trabalho. Devem estar atentas as diferenças
individuais de cada um, para que assim consigam desenvolvê-las de maneira
eficaz. Muitas pessoas acreditam que treinamento e desenvolvimento são perdas
de tempo e dinheiro, e por que pensam isto? Porque este é um trabalho que se
tem certo custo para desenvolver, e o resultado é para médio e em longo prazo.
A maioria dos donos de empresas quer que os resultados sejam obtidos no curto
prazo, e acabem desperdiçando a chance de aumentar as competências
organizacionais e individuais que irão gerar grandes frutos no futuro, tendo
uma empresa consciente, e mais do que isto, uma organização muito mais sólida e
consistente. Todo treinamento é muito importante para a equipe empresarial, e
para cada talento que esteja ali. Pessoas têm de ser treinadas e desenvolvidas
para poderem aflorar o que cada um tem de melhor, e melhorar o que se tem para
ser melhorado. Portanto, treinamento e desenvolvimento são cruciais para que os
talentos liberem o que têm de melhor para oferecer as organizações, e órgãos de
gestão de pessoas e de liderança, devem aproveitar esta oportunidade, onde
agregam valor tanto para as organizações, quanto para os próprios participantes
dela.
E por último como manter estes
talentos dentro de nossas corporações? Pequenas coisas, até mesmo bem simples
em nosso cotidiano empresarial, podem ser feitas para que estes talentos se
sintam parte integrante da organização. Que coisas são essas? Simples. O que as
pessoas almejam? Ter um bom salário, benefícios, e mais do que isso, elas
desejam ser consideradas integradas dentro das empresas, buscam estima dentro
delas, auto realização e contato social. E como podemos observar, até mesmo
segundo Maslow, não é só o dinheiro que ‘’prende’’ uma pessoa a uma
organização. Temos várias outras opções para podermos dar um clima favorável
para que estes talentos se sintam à vontade e trabalhem com motivação e afinco,
focados nos objetivos organizacionais.
Agora ao final, algumas perguntas
devem ser feitas: Por que organizações existem? Por que fazem parte de nosso
cotidiano? Pessoas passam grande parte de suas vidas dentro de organizações,
trabalhando, se empenhando, mas tudo isso para qual sentido? E se não tivéssemos
as organizações, como seria?
As organizações existem pelo
simples fato de que as pessoas não conseguem atingir alguns de seus objetivos,
pode-se dizer a maioria deles, sozinhas, e para a conquista destes elas
ingressam em pequenas, médias ou grandes organizações variando com seus
objetivos almejados, para a busca de suas necessidades na medida em que vão
crescendo e se colocando na vida.
As pessoas necessitam de
organizações com ou sem fins lucrativos, para dar um sentido à suas vidas, para
que possam prosperar financeiramente e intelectualmente, e se interagirem com
outras.
Em contrapartida as organizações
necessitam das pessoas, pois também tem seus objetivos organizacionais, e que
precisam se equilibrar com os objetivos individuais de cada um de nós, buscando
uma adaptação mútua. Portanto tanto as pessoas, quanto as organizações,
precisam umas das outras, para que objetivos tanto organizacionais quanto
individuais sejam continuamente e incansavelmente conquistados, aumentando
assim a qualidade de vida de ambos.
Bibliografia:
CHIAVENATO, Idalberto.
Recursos Humanos – O capital humano das organizações; São Paulo, editora
Campus, 2009.
DRUCKER, Peter F. – O
Homem que Inventou a Administração; São Paulo, editora Campus, 2006.
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